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Gente é Gente

Pro mal ou pro bem, a palavra-chave que animou essa empreitada de longa data é: MUTAÇÃO. 

A palavra tem um som meio esquisito, meio duro, mas de um jeito quase preciso, dá conta, pra nós, deste nosso tempo.

Da equipe técnica e artística deste “espetáculo”:

Aqui se pode tudo: ser quem não se é, sem deixar de ser si-mesmo.

Somos parte da mesma cena, mesma praia, mesmo mar, e isso pra nós é o que nos dá sentido, tino e precisão.

Temos em comum o ofício da arte, do teatro, da música, do circo, da opera, e do etcetera e tal. A ideia de cultura como fruto do esforço e do prazer coletivo. Temos a cabeça na PolitiKA como noção de bem-estar pra quem precisa, como utopia de horizonte. Mesmo que pra isso tenhamos que bater cabeça e trocar pernada aqui e ali. Vale a pena que a alma não é pequena.

A ideia central é irmos juntando gente nesse cordão de Carnaval sem fim, não só da arte, mais afins, nesse momento em que o país ou a nação vive uma oportunidade rara de justiça e consagração. 

Mutação e consagração, menos pela pobreza rimada dos sufixos, tem conotação religiosa: desses momentos da história em que o tempo cronológico pára, o tempo mítico se instala e tudo pode acontecer desde casamento entre gritos calados, amantes desencontrados, até grandes revoluções. 

Se mais ou menos nosso termómetro funciona e nossa medida da história tem a ver, temos na mão uma oportunidade única de refazimento real.

Claro que vai depender da nossa capacidade de superarmos nossas diferenças, nos colocarmos em causa e nos juntarmos numa grande cena horizontal e dionisíaca. 

E antes que este escrito se alongue demais, vai aqui um último paragrafo derramado: olha, essa peça durou quatro anos pra ser feita – então vão aqui alguns festejos – pro SESC que viabilizou a empreitada (nós conseguimos perder absolutamente todos os editais que concorremos nesses anos); pra Claúdia Barral, que dispensa apresentação, pelo talento, formosura de escrita, terceira viagem cênica que se materializa entre tantas que juntos inventamos; pro Luque, o best productor, irmão bom que jamais desistiu da ideia, sempre animando a coisa com calma e persistência; pro Zeca Baleiro companheiro já na primeira hora. O Zeca, de quem sou fã número zero, não só pelo talento superlativo na música e na poesia, além da capacidade única de juntar e cantar e tocar e compor com toda a gente, só soube bem pouco tempo atrás que foi inspirador do Babilonia, nos primórdios do Folias. Uma de suas obras-primas, o “Babylon”, foi nosso mote. 

Por último festejar essa fraternidade mafiosa nossa, com Ailton, com Dago, com Katia, com Rodrigo, com Nando, com Medina, com Cassio, com Marcela, com o meu Zeca, o Rodrigues, (que vem lá de trás, do Folias ou antes), seja com a Silvia Viana, nossa dramaturgista, ponto de inflexão na vida como amiga pau-pra-toda obra, seja pelas mais recentes parcerias com o Caio, com o Barroso, com a Gabi, com o Gabi, com o resgate do convívio com a Joyce, ou ainda pelo encontro feliz com o Paulão, com a Nábia, com a Carol, com a Luana, com a Francisca, com as “mina” do estágio. 

Por último, em homenagem póstuma, antes do P.S. vai aqui vênia pro Zé Celso: sem ele nosso teatro seria, com certeza, mais careta. 

P.S.: Acabei de lembrar de uma cena preciosa do Brecht, personagem que é recorrentemente um mar de inspiração: é a cena inicial do “Círculo de Giz Caucasiano”: num país fictício, durante uma revolução popular, os mandatários defenestrados, abandonam o pequeno herdeiro a sua sorte. A sorte do pequeno herdeiro é Grusha, servidora humilde do castelo que o recolhe e cria. Taí o motivo pro Brecht desenvolver, com muito humor e ironia de segundo grau, uma ficção onde o poder é literalmente virado de ponta cabeça. Walter Benjamin chama esse tipo de acontecimento, onde muitas forças naturais e humanas se reúnem num determinado momento, de brecha histórica, onde tudo (de bom!!!) possa acontecer.

Quem sabe as conjuminancias históricas, políticas e até climáticas que tem machucado tanto nossa atualidade não estejam cavocando essa brecha?

Que a metáfora, com ironia e humor na comparsaria, melhores ferramentas da cena, seja nossa parteira!

Marco Antonio Rodrigues



Gente é contradição?!
“Um palco para as contradições de nossa ordem social”
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